Cantar, dançar, rir e viver no Musical da Residência universitária dos Álamos
Ao sair do metro do Campo Grande e penetrando na Alameda das Linhas de Torres, ainda antes de chegar ao Restaurante O Magriço, é quase impossível que os nossos olhos não se retenham numa prazenteira casa cor-de-rosa do século XVII. Essa casa é uma residência universitária com muita história, chamada Álamos. Não é uma residência qualquer, já que não ambiciona apenas dar um repouso físico às suas residentes mas também meios de desenvolvimento pessoal, cultural e espiritual. Para esse efeito, organizam-se actividades variadas à vontade do freguês: há quem procure cultura, há quem procure ajudar os outros e fazer voluntariado, há quem procure salas de estudo, há quem procure formação cristã, há quem procure apenas divertimento e há quem procure amizade e teatro. É neste último aspecto que queria centrar este artigo.
Todos os anos, várias estudantes que frequentam os Álamos participam num Congresso a nível internacional – o UNIV – em Roma, durante a Semana Santa. O dito congresso subordina-se, cada ano, a um tema concreto que é objecto de estudo por estudantes de todos os cantos do mundo. Neste ano o tema eleito é a amizade.
Estando este tema tão presente, nasceu a ideia de adaptarmos uma obra de Luis de Sepúlveda a um teatro-musical apresentado pelas estudantes que frequentam os Álamos: “A história do gaivota e do gato que a ensinou a voar”, uma história que, entre outras coisas, fala de amizade.
Charlie Chaplin dava este conselho: “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
Charlie Chaplin dava este conselho: “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. A vida às vezes não permite ensaios mas o Musical dos Álamos tem permitido bastantes e, sem esse factor, não poderá ser a obra de arte que ambicionamos levar ao palco no dia 30 de Maio deste ano.
Como o tempo passa depressa, em todos os serões de terça-feira decorrem os ensaios para o Musical. Têm sido ensaios laboriosos mas divertidos, nos quais tímidas e menos tímidas já estão completamente à vontade no palco, a cantar, rir, chorar e dançar.
Felizmente, em pouco tempo, conseguimos passar pelas duas primeiras etapas da criação do Musical, árduas mas interessantes, que nos permitiram exercitar os neurónios da criatividade: adaptar o texto do autor escolhido para um texto dramático, escrever parte do guião encaixando-o em melodias já conhecidas e, por fim, criar coreografias para cada música. Agora tem sido só ensaiar e desfrutar da riqueza do teatro, uma agradável janela por onde, durante a semana de trabalho, entram cores diferentes e ar fresco.